A atenção tem características. Uma delas é o silêncio. Nunca a atenção diz; ela é não-conceitual. Está antes da conceitualidade; é mais antiga que a mente discursiva. Aprender a isolar a atenção da conceitualização é dos primeiros desafios para quem aspira meditar.
Frequentemente a atenção está associada ao pensar e ao pensamento, dando em casos extremos a aparência de que são uma única faculdade. Não são. Quem aspira meditar aprende a dar à atenção o que é da atenção e a dar ao conceito o que é do conceito.
Como comunicar numa imagem uma qualidade de mente predominantemente acesa e não-fabricada? Uma forma de fazer isso é recorrer à clássica analogia do espelho, onde algo na mente se assemelharia ao espelho: tudo refletindo sem nada se tornar.
Como se na mente houvesse um princípio de nobreza, que outros preferem chamar de pureza. Essa nobreza estaria na tese, a ser investigada por todo aprendiz de meditação, de que a fabricação não compromete, sequestra ou contamina aquilo na mente que é não-fabricado.
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